O Aaron está aqui no Brasil há cerca de um mês. Posso dizer que fizemos muitas coisas juntos – ele conheceu minha filha, minhas amigas e vários pontos turísticos – mas devo confessar que passamos boa parte de nosso tempo juntos no quarto de hotel dele fazendo sexo e pedindo serviço de quarto (me processem!). (*^_^*)
Mas no fim de semana passado minha mãe insistiu que o chamássemos para nossa feijoada de domingo em família. Fazemos uma dessas reuniões por mês, variando os pratos entre churrasco e feijoada. Devo confessar que não estava muito animada. Como toda reunião de família, há pessoas legais e pessoas desagradáveis. Comentei com o Aaron e ele não se importou de ir. Eu sei que, por mais que eu queira, não posso ficar guardando ele só para mim.
Apresentando à família e amigos
A reunião foi agradável. Alguns primos até tentaram fazer piadinhas e insinuações, mas a presença do Aaron é bem intimidante e impressionante. Ele realmente se parece com um viking e honra suas raízes nórdicas. Seu aperto de mão é firme e seu olhar é frio o suficiente para calar qualquer gracinha. Afinal de contas, ele também é um homem de negócios acostumado a lidar com todo o tipo de pessoas. Depois de alguns minutos, minhas preocupações e medos se dissiparam.
Mas a melhor parte ainda estava por vir. Ao olhar para a feijoada e todas aquelas carnes e acompanhamentos, pude ver a surpresa no rosto do Aaron. Minha mãe fez questão de fazer o prato dele, enquanto eu segurava o riso. Ele se aproximou de mim e sussurrou que isso era bem diferente do que eles comiam na Islândia. Posso imaginar.
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Troca de experiências
Após experimentar a primeira garfada, ele admitiu que era muito bom. Enquanto comíamos, ele explicou que a culinária na Islândia é mais baseada em peixe, carne de carneiro e produtos lácteos, enquanto aqui no Brasil nos fartamos de carne bovina, porco e frango. Ele disse que não se sentiu intimidado pelos ocasionais pés e orelhas de porco e que, quando eu fosse à Islândia, iria provar o prato típico deles: o Þorramatur.
Confesso que esse tipo de trocas e experiências é o que mais me chama a atenção em um relacionamento com alguém de outro país. É incrível ver como aquela outra pessoa está aos poucos mergulhando em coisas que são tão familiares para você. Acho isso algo realmente lindo! E só é possível online. De que outra forma eu conheceria alguém de um lugar tão distante como a Islândia? A Islândia parece ser o oposto do Brasil, e mesmo assim eu e o Aaron nos encontramos e nos apaixonamos! Quem não acharia isso lindo? Por isso digo e repito que namoros online e sites de relacionamentos são a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Lógico que tive minha parcela de decepções, mas quem não teve?
É sempre preciso um pouco de coragem
A feijoada terminou muito bem! O Aaron teve várias oportunidades de passar mais tempo com minha filha e de impressionar minha mãe, que tinha sempre que dobrar a cabeça para trás para falar com ele. Ele até aprendeu a dar dois beijinhos para cumprimentar ela. (>.<)
Mas preciso fazer uma confissão. Pesquisei o que é o tal do Þorramatur e agora estou com medo. Se quiserem saber detalhes, pesquisem na internet, mas já digo que inclui tubarão podre, salsicha de fígado de ovelha e barbatana de foca (dentre outras coisas). Será que vou ter que comer isso para compensar a feijoada? Tudo pelo intercâmbio cultural. Me desejem sorte... (;_;)