Ultimamente eu tenho me sentido velha. Meu aniversário é no mês que vem e eu sei que só vou fazer 22 anos, mas algumas coisas do mundo de encontros online tem feito eu me sentir velha. Novos sites e aplicativos aparecem a cada cinco minutos e novas tendências loucas são criadas a todo o momento. Eu percebi que sou o tipo de garota que prefere ser mais tradicional: me inscrever em um site, preencher meu perfil, conversar com as pessoas... Sabe? Coisas normais.
Mas eu tenho encontrado amigas que falam de novos aplicativos com opções muito loucas e diferentes. E eu não consigo acompanhar! Isso faz com que eu me sinta às vezes desatualizada em relação a esses sites e aplicativos, principalmente aqueles que se conectam com suas redes sociais. Eu sempre fiquei com um pé atrás em relação a aplicativos e sites assim. Eu não gosto da ideia da minha vida amorosa ficar exposta no Facebook (eu obviamente prefiro coloca-la em um blog (> _>)).
Bom, mas houve uma época que eu resolvi testar alguns desses sites e aplicativos. Tenho que admitir que eles tentam coisas novas (e até engraçadas) para manter as pessoas interessadas, mas eu não consegui me adaptar. Além disso, as pessoas não eram interessantes e não havia muita informação sobre elas. O aplicativo era simples demais e, por isso, eu não conseguia me decidir por ninguém e acabei desistindo. Então, devo admitir, eu fui expulsa desse aplicativo. E, honestamente, eu respeito isso. Eu estava inscrita no aplicativo, mas não o usava. Eles fizeram a coisa certa em me excluir dele. Eu não entendi as regras do jogo e não soube brincar (~~>.<~~).
Aproveitando o assunto de aplicativos estranhos, eu não consigo entender aqueles aplicativos ou sites que nos fazem escolher tags para o nosso perfil. Eu entendo que fique mais fácil para encontrar uma pessoa específica com uma tag. O meu problema não é a ideia de tags, mas as tags em si. Algumas são tão engraçadas que chegam a ser ridículas. Em um desses aplicativos eu encontrei tags como (vou tentar traduzir): “máquina de dança”, “mendigo de praia”, “viciado em adrenalina”, “mestre das cartas”, “nerd das ciências”, “sobrevivente zumbi”, “marinheiro”, “fanático por saúde”, “agente secreto”, dentre outros.
Como eu disse, eu entendo a ideia das tags, mas marinheiro? Máquina de dança? AGENTE SECRETO? Quem iria se qualificar assim? O que eu iria escolher? E essas tags criam mais um problema. Nós devíamos conversar sobre sermos “sobreviventes zumbi”? Por quê? O que isso significa? Que se houvesse um apocalipse zumbi, eu acredito que sobreviveria? Como isso faz eu conhecer a pessoa? O que, diabos, isso significa?
Ok, mas onde eu quero chegar com tudo isso? Eu quero dizer que esses aplicativos loucos não me conseguiram ninguém, nem mesmo uma mínima interação. Eu acredito que os aplicativos atuais tentam ser divertidos e fáceis de usar, lhe dando a impressão de que você precisa de pouca informação para usá-los e encontrar alguém, mas a quantidade de informação inútil que eles lhe pedem é absurda! E não serve para nada! Eu não consegui nem ao menos ter uma conversa decente. São apenas botões e tags inúteis.
Eu sei que não sou tão velha para dizer que não curto essas tendências “de jovens”, mas gosto de coisas mais tradicionais e que façam com que eu conheça pessoas reais e tenha conversas reais. Os aplicativos atuais, na minha opinião, oferecem informação relevante de menos e informação irrelevante demais. O que vocês acham?